Reajuste de servidores terá impacto de R$ 8,9 bi na folha de pagamentos do governo federal

30/08/2012 - 18h35

Luciene Cruz, Stênio Ribeiro e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Os reajustes salariais negociados pelo governo federal vão impactar em R$ 8,9 bilhões o Orçamento da União para 2013. O gasto adicional faz parte do aumento oferecido a cerca de 1,7 milhões de servidores do Executivo. O governo ofereceu reajuste de 15,8%, divididos em três anos, a partir do ano que vem.

Os dados foram divulgados há pouco pelo Ministério do Planejamento. Segundo a pasta, 93% das categorias aceitaram a oferta.

O percentual padrão foi oferecido a várias categorias que estavam com as atividades paralisadas e estenderam o movimento grevista até essa semana, quando foram encerradas as negociações. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, considerou o processo de negociações “vitorioso”, ao fechar acordo com a maior parte das categorias.

“Consideremos esse processo vitorioso para o governo, que demonstrou responsabilidade ao lidar com as manifestações [por aumentos salariais] sem se deslocar da sua responsabilidade fiscal, mas garantindo melhores condições para os trabalhadores”, disse.

O governo também ofereceu o mesmo reajuste de 15,8% ao Legislativo (Câmara, Senado e Tribunal de Contas da União), Judiciário (magistrados e servidores) e Ministério Público da União (membros e servidores).

O aumento nos contracheques do Judiciário impactará em R$ 964 milhões o Orçamento, somente em 2013. No mesmo período, os gastos adicionais com Legislativo e Ministério Público da União vão aumentar as despesas com folha de pagamento, em R$ 285 milhões e R$ 123 milhões, respectivamente. Com isso, o impacto total com reajuste de servidores para 2013, está estimado em cerca de R$ 13 bilhões.

O documento que prevê os gastos com reestruturações e aumento de remuneração para 2013 projetou ainda o ingresso dos concursados que devem ser convocados ao longo do ano, com substituição dos terceirizados. Os novos servidores vão onerar a folha de pagamento em mais R$ 2,6 bilhões.

Edição: Davi Oliveira