Dilma: redução dos juros é reflexo de compromisso com estímulo à produção e ao fortalecimento de políticas sociais

30/08/2012 - 16h25

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse, hoje (30), que o governo criou as condições para a redução da taxa básica de juros da economia e que mantém a receita de estímulo à produção e fortalecimento das políticas sociais para que o país continue crescendo.

“Somos um país que aprendeu a não cometer certos equívocos. Temos solidez fiscal com setor financeiro robusto, que não esteve imerso em políticas de financiamento de dívida que levou ao que estamos assistindo na Europa. Graças a esses compromissos, criamos esse ambiente para que a taxa de juros caísse. Ela é produto de uma trajetória no sentido de buscar que o Brasil seja um país com capacidade de andar com seus próprios pés”, disse, ao na 39ª reunião do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Dilma manifestou insatisfação com o patamar do spread bancário, diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes, a exemplo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, em discurso anterior, também se queixou do nível das taxas. “Vamos chegar a um spread compatível com o que é praticado no mundo”, garantiu.

A educação também foi tema do discurso da presidenta, que defendeu a aplicação de royalties do pré-sal no setor. Dilma destacou que o governo sempre será a favor de projetos para investimento em educação, desde que se aponte de onde sairão os recursos para colocá-los em prática.

“Concordamos com todas as políticas para que viabilize o Brasil gastar mais em educação, desde que tenha recursos para fazê-lo. Caso contrário, estaremos praticando uma imperdoável demagogia com uma questão essencial para o Brasil, que é a educação", disse a presidenta em um momento em que está em discussão, na Câmara dos Deputados, projeto para elevar para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) os investimentos em educação ao longo de dez anos.

"Acho muito oportuno que, no Congresso Nacional, aprovássemos o uso dos royalties e uma parte do fundo social para garantir que esses recursos existam", completou.

Edição: Lana Cristina