Documento do Planejamento mostra que aumento pedido pelos agentes federais varia até 139,4%

16/08/2012 - 21h09

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Documento divulgado hoje (16) pelo Ministério do Planejamento aponta que os agentes federais reivindicam reajustes que variam entre 109,3% e 139,4%. O salário especial, para quem atingir o topo de carreira, passaria de R$ 11,8 mil para R$ 24,8 mil. As remunerações iniciais subiriam de R$ 7,8 mil para R$ 18,8 mil.

Caso os reajustes solicitados fossem concedidos, representaria aumento de 93,88% acima da inflação, para quem atingisse o teto salarial, e de 123,93%, para quem iniciasse na profissão. Segundo um técnico do Planejamento, a reestruturação de carreira pedida pelos policiais federais está fora dos parâmetros do governo. “Eles pedem três dígitos de aumento percentual, isso é inviável”.

O presidente da Federação Nacional dos Policias Federais (Fenapefe), Marcos Wink, disse desconhecer a tabela apresentada pelo Planejamento, com reajustes superior a 109%, no entanto não apresentou à Agência Brasil os índices solicitados pela categoria.

Segundo Wink, os agentes reivindicam que as atividades sejam reconhecidas como de nível superior e os salários mantenham os critérios utilizados por outras entidades como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por exemplo. “Queremos tabela de nível superior, porque desenvolvemos tais atividades, temos a formação, mas recebemos menos. Pode ser que chegue a R$ 24 mil, mas o inicial tem que ser de pelo menos R$ 11 mil”.

Em nota, o Planejamento ressaltou que desde 2003 a categoria teve “reajustes acumulados de 83,3% e 97,6%, saindo de R$ 4 mil para R$ 7,8 mil e de R$ 6 mil para R$ 11,8 mil, respectivamente,” diz o comunicado.

 

Edição: Rivadavia Severo