Santa Catarina não registra mortes por gripe suína há dez dias

02/08/2012 - 17h41

Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil

 

Curitiba – A Secretaria de Saúde de Santa Catarina divulgou hoje (2) boletim segundo o qual o estado não registra mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1 há dez dias. O caso mais recente foi no dia 23 de julho. Desde janeiro, 72 pessoas morreram em Santa Catarina em razão da Influenza A (H1N1) – gripe suína. No Rio Grande do Sul, a doença matou 48 pessoas e, no Paraná, 33.

Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou dados indicando que o pico de mortalidade da doença no país ocorreu na 25ª semana do ano, entre os dias 17 e 23 junho.

"Levando em consideração o padrão do vírus, que costuma ter alta intensidade dentro de um período de seis semanas, é possível que já estejamos na curva descendente da doença, o que não quer dizer que não teremos mais casos graves daqui para a frente", disse o médico infectologista Fábio Gaudenzi de Faria, diretor de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina.

Outro levantamento do ministério mostra que o tratamento foi tardio para metade dos pacientes mortos em Santa Catarina. Eles foram tratados com o antiviral oseltamivir,conhecido pelo nome comercial Tamiflu, mais de seis dias após o surgimento dos sintomas. O antiviral, que reduz as chances de evolução da doença para um quadro grave, é mais eficaz nas primeiras 48 horas da doença.

"Ainda estamos no meio do inverno e precisamos manter os cuidados, em especial com as pessoas com imunidade baixa ou com doenças crônicas", ressaltou Faria.

Na Região Sul, cujo clima frio facilita a circulação do vírus, as 153 vítimas da doença neste ano equivalem a 19,4% das 789 mortes ocorridas em 2009. O fim da pandemia de gripe suína foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os médicos brasileiros estão orientados a receitar o oseltamivir a todos os pacientes com síndrome gripal residentes nos estados onde há maior circulação do vírus Influenza H1N1. A recomendação é que isso seja feito mesmo antes de resultados de exames laboratoriais ou sinais de agravamento da doença. A síndrome gripal é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular ou nas articulações.

Edição: Nádia Franco