Sistemas da Petrobras na Bacia de Campos vão receber investimentos de US$ 5,6 bilhões para melhorar produção

30/07/2012 - 19h14

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os sistemas de produção de petróleo da Bacia de Campos, principalmente dos poços que estão em funcionamento desde a década de 1980, e que vinham perdendo eficiência, vão receber um investimento de US$ 5,6 bilhões para melhorar a sua capacidade produtora.

A gerente de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, disse hoje (30) que a eficiência operacional desses sistemas vinha caindo desde 2009 – uma diminuição que chegava a cerca de 25 mil barris de petróleo por dia. A média de produção teve o seu pior momento no ano passado, quando chegou a 71% contra uma média nacional em campos maduros (mais antigos) de 90%.

De acordo com a gerente, dos US$ 5,6 bilhões, US$ 1 bilhão serão na forma de investimento e o restante, US$ 4,6 bilhões, relativo a “despesas de custeio”. “Nos acreditamos que estes investimentos, além de aumentar a eficiência operacional e, consequentemente, reduzir a curva de declínio natural aos campos maduros permitirão à companhia uma receita líquida adicional de US$ 1,6 bilhão a US$ 3,3 bilhões até 2016”.

O Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef) foi lançado na última sexta-feira (27) pela presidenta da Petrobras, Graças Foster, em Macaé, no norte fluminense, e tem por objetivo contribuir para a elevação da curva de petróleo prevista no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016, da Petrobras, que prevê investimentos no período de US$ 236,5 bilhões.

“O programa consiste em 15 iniciativas para recuperar a produção e aumentar a disponibilidade operacional de poços, sistemas submarinos e plataformas”, disse Solange Guedes. Ela também ressaltou a rapidez do retorno da iniciativa. “O dispêndio em ativos maduros tem retorno imediato, uma vez que os sistemas de produção já estão em operação, já estão no campo, em funcionamento. O que nós estamos fazendo é aportando novos recursos e tecnologias para chegarmos a uma produção mais eficiente e, portanto, de retorno imediato”, completou.

Para Solange Guedes, “a partir deste ano espera-se iniciar a retomada da eficiência operacional dos atuais 71% [relativos ao fechamento de 2011], até chegar gradativamente a 90% em 2016”.

 

Edição: Aécio Amado