Mercosul é o motor dos países sul-americanos, diz Chávez

26/07/2012 - 8h41

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Às vésperas da cerimônia que vai oficializar a incorporação da Venezuela ao Mercosul, o presidente do país, Hugo Chávez, disse ontem (25) à noite que o bloco é o “maior motor” da América do Sul. Segundo ele, é o Mercosul que favorece o desenvolvimento da região e a incorporação da Venezuela ao bloco representa a abertura de um "horizonte infinito”. A solenidade que marcará a entrada da Venezuela no Mercosul ocorrerá no dia 31, em Brasília.

"O quadro agora está completo com a Venezuela ao Norte”, disse Chávez. “Aqui nasce uma grande potência na América do Sul e o Mercosul é o maior motor que há [na região] para dar vida com o apoio de todos os países, como a Colômbia, o Equador, o Peru, a Bolívia, o Uruguai, a Guiana, o Suriname e à frente o Caribe.”

Chávez fez os comentários após a reunião, na sede do governo da Venezuela, em Caracas, com os representantes do Brasil, o subsecretário-geral de América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio Simões, e o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

"O mecanismo do Mercosul é flexível e aceita assimetrias. O Brasil não é um império. É um irmão, como a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, que eu tenho certeza que mais cedo ou mais tarde voltará para o Mercosul, quando recuperar a democracia", disse o presidente venezuelano.

Chávez disse ainda que na reunião com a delegação brasileira ontem foram identificados projetos de intercâmbio econômico entre a Venezuela e o Brasil. Segundo ele, há uma relação de mais de 230 produtos venezuelanos que poderão ser exportados para o país vizinho.

De acordo com o presidente, deverá ser criado um fundo especial para estimular parcerias públicas e privadas para essas exportações. Ele acrescentou também que os projetos envolvem as áreas industrial, de agronegócio, financeira e de telecomunicações, além do comércio.


*Com informações da agência pública de notícias da Venezuela, AVN // Edição: Juliana Andrade