Operação contra o crack avança para o Jacarezinho e recolhe mais 66 pessoas no Rio de Janeiro

25/07/2012 - 17h03

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Sessenta e três adultos e três crianças e adolescentes foram recolhidos hoje (25) na Comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, em mais uma ação da Secretaria Municipal de Assistência Social de combate ao crack e de retirada de pessoas em situação de rua.

Desde março do ano passado, quando as ações tiveram início, 1.667 pessoas foram recolhidas das ruas em 28 operações realizadas na localidade. Em todo o município, foram promovidas 94 ações nas principais áreas de concentração de dependentes químicos. Ao todo, foram 4.706 recolhimentos, sendo 4.043 adultos e 663 crianças e adolescentes.

Após o processo de identificação, todas as pessoas são encaminhadas para as unidades de abrigamento compulsório da Rede de Proteção Especial do município. Os adultos vão para o abrigo de Paciência e as crianças e os adolescentes, para a Central de Recepção Carioca, no centro. Caso os adolescentes sejam identificados com alto grau de comprometimento com a dependência química são conduzidos para tratamento em uma das quatro unidades de abrigamento compulsório.

O coordenador da operação, Cláudio Reis, explicou que as incursões ocorrem a partir de um mapeamento realizado pela secretaria, que mostra as áreas com maior número de usuários da droga. De acordo com ele, atualmente está ocorrendo uma migração dessas pessoas para outros pontos da cidade.

"A gente atua em todos os bairros do Rio de Janeiro, onde tem um começo de 'cracolândia'. Nós atuamos muito na área do Complexo de Manguinhos. Segundo os próprios usuários, eles estão saindo do Jacaré e estão indo para outras áreas. Nós atuamos em todos os bairros do Rio de Janeiro", relatou.

De acordo com Reis, a abordagem dos agentes é feita na base do convencimento, a fim de que os usuários sintam confiança nos profissionais. Ele ressaltou que, ao chegar no abrigo, o usuário passa por uma entrevista com assistentes sociais e médicos especialistas para saber qual o grau da dependência química do indivíduo. "Nós não temos outro instrumento que não seja a palavra para mostrar para ele [o usuário] um caminho diferente", disse.

Reis acrescentou que o apoio da família é fundamental para a recuperação do paciente. "Seja criança, adolescente ou adulto, a família é o alicerce para isso. Ele não pode vencer essa batalha, essa luta sozinho."

Participaram da ação 25 agentes da Assistência Social, acompanhados de seis policiais militares. Ontem (24), 71 pessoas foram recolhidas em uma operação no Complexo de Manguinhos.

Edição: Lana Cristina