Agravamento da crise na Síria deixa autoridades brasileiras receosas

18/07/2012 - 11h49

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As autoridades brasileiras observam com preocupação o agravamento da violência na Síria. A expectativa do governo do Brasil é que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) defina medidas que possam conter o acirramento da crise no país. Desde março de 2011, o país enfrenta confrontos entre integrantes da oposição e do governo, causando a morte de mais de 16 mil pessoas, inclusive de crianças e mulheres.

Uma das possibilidades analisadas no Conselho de Segurança, considerada como pertinente pelas autoridades brasileiras, é a adoção de um embargo para o comércio de armas negociadas com a Síria. Com a medida, o governo sírio terá seu poder de fogo reduzido, assim como os integrantes da oposição, pois não terão condições de adquirir armamentos e munições

“Estamos preocupados com a proporção que da violência [na Síria]. É uma situação inaceitável", disse à Agência Brasil o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes

Em Damasco (capital síria), o governo do Brasil mantém a representação diplomática chefiada pelo embaixador do Brasil na Síria, Edgard Cassiano. Em 2011, quando a situação na Líbia se agravou, o Brasil optou por manter apenas o embaixador no país e retirar os demais de funcionários brasileiros e estrangeiros por medidas de segurança.

No último dia 13, quando houve um massacre de civis, na área de Tremseh, perto da cidade de Hama, o Itamaraty emitiu nota criticando a repressão violenta na Síria e apelando para que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, adote o plano de paz negociado pelo emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan.

“O Brasil condena veementemente a repressão violenta contra civis desarmados e recorda os compromissos do governo sírio, contidos no plano de paz de seis pontos do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, de cessar imediatamente toda movimentação de tropas e o uso de armamento pesado em áreas urbanas”, diz o texto.

Edição: Talita Cavalcante