Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A crise na Síria, que dura 16 meses, é o tema principal da reunião do emissário especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe ao país, Kofi Annan, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ministro dos Negócios Estrangeiros (o equivalente a chanceler), Serguei Lavrov. A Rússia, a China e o Irã resistem a aceitar uma intervenção externa para conter a onda de violência na Síria.
É a segunda visita de Annan a Moscou, nos últimos quatro meses. Annan quer o apoio da Rússia para impedir o agravamento da situação. Porém, as autoridades russas indicam que pretendem manter a posição atual em relação à Síria.
Em comunicado, Putin informou a disposição de manter a atual posição em relação à Síria. "Durante o encontro [entre Kofi Annan e o presidente Putin], planeja-se confirmar uma vez mais o apoio da Rússia ao plano de paz de Kofi Annan sobre a regularização político-diplomática da crise na Síria”, diz a nota.
No trecho seguinte, o comunicado informa: “[O governo russo] parte do princípio de que esse plano é a única plataforma viável de solução dos problemas internos sírios". O texto reforça que, no que depender da Rússia, não haverá intervenção externa na Síria.
As autoridades russas, segundo informações de diplomatas estrangeiros que acompanham o assunto, pretendem criticar, no Conselho de Segurança da ONU, as propostas que sugerem sanções ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade
Governo sírio nega uso de armas pesadas em ataque a Tremseh
Observadores da ONU visitam suposto local de massacre na Síria
Após ataques, países do Ocidente preparam resolução com sanções à Síria
Governo brasileiro condena ataque a civis na Síria
Oposição denuncia o que pode ter sido massacre mais sangrento na Síria