PM do DF instaura sindicância para apurar autoria de vídeo que faz apologia à violência

13/07/2012 - 14h26

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) instaurou sindicância para apurar a possível participação de integrantes da corporação na produção e divulgação de vídeo com imagens de pessoas mortas e feridas supostamente após confronto com policiais das Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam). A gravação divulgada na internet traz a legenda: "Se tentar fugir da Rotam, vai se dar mal. Se tentar trocar tiro com a Rotam, é assim que vamos responder."

Segunda nota, assinada pelo comandante-geral da PMDF, coronel Suamy Santana, as imagens passarão por análise criteriosa. O comunicado destaca também que os policiais militares de Brasília respeitam os direitos humanos. “O comando da PM está procurando construir um novo modelo de gestão policial, orientando suas ações à preservação da vida e da tranquilidade pública e primando pela participação comunitária.”

A manifestação da PMDF ocorre dois dias depois de a imprensa local denunciar que policiais supostamente da Rotam divulgaram na internet o vídeo Dia a Dia da Rotam DF.

Para o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros do DF, Ricardo Pato, a desmotivação dos policiais militares por causa da remuneração “tem levado alguns a agir sem pensar”. Ele, no entanto, disse que não acredita que a postagem do vídeo tenha sido feita por policiais.

Em seu blog, o presidente da associação recomenda que os policiais tenham cuidado com as postagens feita na rede de computadores, principalmente quando envolverem operações. “Uma postagem infeliz colocada em uma das comunidades durante a operação desencadeada em fevereiro deste ano quase colocou tudo a perder. Tivemos que dar inúmeras explicações por causa disso, naquele momento repercutiu muito mal perante a opinião pública. Essa não é a melhor forma de ajudar. A internet é uma aliada muito importante para nós, desde de que seja usada corretamente.”

Edição: Talita Cavalcante e Juliana Andrade