Santa Lúcia quer ampliar papel de porta de entrada do Brasil para o Caribe

12/07/2012 - 18h20

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil e a ilha caribenha de Santa Lúcia pretendem estreitar as relações comerciais e de cooperação técnica. A intenção é que o país, que já funciona como plataforma de distribuição do petróleo brasileiro para o Caribe, seja entreposto de comercialização de outros produtos.

Da parte do governo de Santa Lúcia, há interesse principalmente nas técnicas de agricultura e nos programas locais de combate à  pobreza. Hoje o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o chanceler santa-lucense, Alva Baptiste, se reuniram para discutir possíveis acordos.

Em 2011, o comércio bilateral entre Brasil e Santa Lúcia movimentou US$ 2,9 bilhões (aproximadamente R$ 5,8 bilhões). O montante cresceu com relação a 2006, quando correspondia a US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 8 milhões). De acordo com informações da assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a maior parte desse intercâmbio é relativa a petróleo.

O chanceler Alva Baptiste comentou sobre a possibilidade de ampliar o intercâmbio comercial entre os dois países. “Podemos prover um portão efetivo para o resto do Caribe, pois Santa Lúcia tem uma posição central”, disse.

Patriota e Baptiste debateram ainda a oferta de cursos de turismo e inglês para brasileiros na ilha caribenha, já que a atividade turística é um dos pontos fortes da economia daquele país. Por sua vez, o chanceler santa-lucense conhecerá as experiências brasileiras na agricultura e programas sociais.

Baptiste tem encontros agendados na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na Secretaria Nacional da Juventude e nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Turismo, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Pesca e da Agricultura.

O Brasil tem embaixada em Santa Lúcia desde 2007, e em 2010 estabeleceu parceria com a ilha para cooperação técnica nas áreas de cultura, educação, agricultura e segurança pública. O país caribenho sedia a Organização dos Estados do Caribe Oriental (Oeco) e também integra a Comunidade do Caribe (Caricom).

Edição: Davi Oliveira