Médicos de mais três hospitais aderem à greve dos servidores federais no Rio, informa sindicato

09/07/2012 - 15h49

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Médicos e funcionários do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras e do Hospital Geral de Bonsucesso aderiram hoje (9) à greve dos servidores que desde o mês passado vem reduzindo o funcionamento nos hospitais federais. Com a adesão, sobe para seis o número de unidades de saúde no Rio de Janeiro que suspenderam o atendimento, inclusive de especialidades importantes, como cardiologia, ortopedia e ginecologia, por tempo indeterminado.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev), as consultas e cirurgias eletivas estão suspensas nas três unidades e só os casos considerados de urgência estão sendo atendidos. O objetivo da paralisação é forçar o governo a voltar a negociar com o movimento. A categoria reivindica, entre outros itens, um reajuste de 22,08%, jornada de 30 horas de trabalho sem redução salarial, incorporação das gratificações e correção dos benefícios.

De acordo com o diretor do Sindsprev, Júlio Tavares, no Hospital Geral de Bonsucesso, o número de consultas por dia chega a 3,6 mil e por mês, a 60 mil. Segundo ele, com a paralisação, houve uma queda de quase 75% no atendimento. A assessoria de imprensa da unidade informou, no entanto, que a média mensal de consultas é 24 mil e que o hospital está funcionando normalmente.

No Into, hospital de referência em ortopedia no estado, a assessoria de imprensa também negou que haja greve. A nota informa que o hospital “funciona normalmente e nada foi alterado aos pacientes nesta segunda-feira”. Já a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Cardiologia informou, por telefone, que não vai comentar a greve.

No final da tarde de hoje, o comando grevista vai se reunir para avaliar a entrada dos servidores das três unidades no movimento. Amanhã (10) os servidores administrativos do núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro vão se reunir em assembleia para decidir se também aderem à greve.

Edição: Juliana Andrade