Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou em nota que já iniciou a apuração das causas da quebra das vidraças do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) depois do voo razante de dois caças Mirage da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a Aeronáutica, no momento da passagem de uma das aeronaves houve uma "onda de choque", e os danos serão ressarcidos. As aeronaves faziam demonstrações durante a troca da Bandeira Nacional, na manhã de hoje (1º).
O prédio do STF teve cerca de 40 janelas quebradas (17 só na parte da frente) e, quando o caça passou sobre o prédio, foi ouvido um estrondo. O outro Mirage fez voo no sentido da Esplanada dos Ministérios.
Na tarde de hoje, brigadistas que trabalham na sede do STF faziam a retirada de restos dos vidros das janelas que quebraram. O prédio está isolado, mas como o STF está em recesso não ocorrem as visitas do público.
O prédio do STF é considerado uma das obras-primas do arquiteto Oscar Niemeyer. Como todas as construções que formam a Praça dos Três Poderes, integra a lista de itens que fazem de Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1987. Apesar do dano causado à fachada envidraçada da sede do Supremo, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que o dano causado ao STF, por ter se limitado à quebra dos vidros, é reversível e que o problema, portanto, é passível de solução e não chega a comprometer o patrimônio em questão.
Edição: Talita Cavalcante//Matéria alterada para acrescentar informação às 16h04 e, posteriormente, às 17h47