Moradores de comunidades pacificadas do Rio participam de atividades paralelas à Rio+20

14/06/2012 - 20h27

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Para mostrar que o tema sustentabilidade faz parte de suas vidas, moradores de seis comunidades pacificadas do Rio, selecionados para participar de atividades paralelas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, estão com uma programação extensa em suas agendas. Os eventos elaborados por uma comissão, formada pelos moradores e representantes do Poder Público e de organizações não governamentais (ONGs), incluem oficinas sustentáveis, palestras, debates, apresentações culturais e exposições de trabalhos.

De acordo com o superintendente de Territórios da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Daniel Misse, a ideia de fazer um evento com a participação de moradores de comunidades pacificadas partiu das secretarias de Assistência Social e Casa Civil, responsáveis pela organização da agenda.

“A ideia veio da Casa Civil, que propôs que seis comunidades participassem da Rio+20 apresentando o futuro que elas querem. O evento começou a ser montado pelas próprias comunidades por meio de projetos que elas apresentaram para a Casa Civil até o dia 30 de março. Projetos diferentes sobre os temas de desenvolvimento sustentável, cultura, sustentabilidade e meio ambiente”, disse.

Segundo Daniel Misse, as comunidades estão com uma programação de mais de 50 horas de atividades como feiras gastronômicas, polo de artesanato e oficina de cozinha de reaproveitamento de alimentos. A programação inclui ainda oficina e desfile de moda com roupas e acessórios feitos com materiais recicláveis como garrafas PET, entre outros.

“A ideia é dar visibilidade a projetos que já existem nas comunidades, para que elas possam mostrar para a sociedade brasileira e para o Rio de Janeiro como um todo, o que elas têm e o futuro que elas querem”, ressaltou.

Misse disse que os moradores das comunidades Chapéu Mangueira, Babilônia, Pavão-Pavãozinho, Cidade de Deus, Rocinha, Vidigal, e Complexo do Alemão, que estão na programação da Conferência das Nações Unidas (ONU), contarão também com uma unidade móvel que visa à integração de todos que moram nessas áreas. Ela ficará no entorno das comunidades das 9h às 21h.

A escolha das comunidades foi feita com objetivo de envolver as três áreas de maior visibilidade e expansão, que, segundo Daniel Misse, estão concentradas nas zonas sul, norte e oeste da cidade.

Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.

Edição: Aécio Amado