Carolina Gonçalves
Enviada Especial da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O ônibus movido a biodiesel e eletricidade que começa a rodar na capital paranaense a partir do segundo semestre deste ano foi um dos destaques do segundo dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A questão da mobilidade urbana é um dos temas-chave do encontro, que busca soluções para problemas como a redução da emissão de gases de efeito estufa.
O Hibribus, como foi batizado, promete ruído zero e até 90% menos emissão desses gases. “A partir do dia 15 de agosto, já teremos 30 ônibus circulando na cidade. Ao longo do ano, serão 60 ônibus e, à medida que a frota for sendo renovada, será renovada com os ônibus movidos a energia e biodiesel”, garantiu o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.
De acordo com a Volvo, que está produzindo os motores, os chassis estarão prontos na semana que vem, para montagem de carroceria dos 30 primeiros veículos. Até agora, a prefeitura já investiu US$ 20 milhões no projeto. No total, o sistema de transporte de Curitiba, com a frota de 60 veículos híbridos, vai custar R$ 26 milhões aos cofres da prefeitura.
O ônibus opera com dois motores, um elétrico e outro a biodiesel, que funcionam em paralelo ou de forma independente. O motor elétrico é utilizado no arranque e na aceleração até a velocidade de 20 quilômetros por hora, momentos em que o uso de combustível é elevado.
Como o motor elétrico tem torque mais potente, isso faz com que o novo ônibus economize mais e polua menos. A partir dos 20 quilômetros por hora, entra em funcionamento o motor a biodiesel que, no caso de Curitiba, é à base de soja.
Segundo a prefeitura da capital paranaense, a rede de transporte de Curitiba conta com uma frota de 1915 ônibus, que responde por 60% dos deslocamentos feitos com veículos motorizados e 45% do total de deslocamentos na cidade. Por dia, o setor transporta mais de 2 milhões de passageiros em 21 mil viagens, que totalizam 490 mil quilômetros.
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Edição: Lana Cristina