Sucesso de políticas sociais depende de vontade política e monitoramento dos chefes de Governo, diz Tereza Campello

31/05/2012 - 19h51

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse hoje (31) a chefes de Estado de diversas nações estrangeiras que o sucesso das políticas sociais "depende de determinação política e da vigilância direta por parte dos chefes de Governo". Ela relatou a eles também a experiência brasileira e alertou para a necessidade de monitorar a execução dos programas sociais “a fim de que os erros sejam corrigidos".

Segundo a ministra, só assim é possível tirar pessoas da pobreza extrema. Tereza Campello lembrou que a meta do governo federal é zerar esse quadro até 2014. "Além do comando direto do presidente da República, é importante que os recursos de programas sociais não sofram contingenciamento", receitou a ministra aos representantes estrangeiros que participaram do 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O evento terminou hoje (31). Foram três dias de reunião de representantes de 30 países da América Latina, do Caribe e da África. Essa foi a primeira vez que o fórum ocorreu fora da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse, no encerramento do encontro, que "qualquer criança pode entender, a partir de um mínimo de consciência sobre o mundo em que vive, que é fundamental para o ser humano ter direito à alimentação, à moradia e aos bens de consumo e serviços".

Há, segundo Vargas, "ideias muito simples que podem mudar a vida das pessoas, mas essa linha de pensamento ainda não é uma prioridade dos países a nível internacional". Para o ministro, "a tarefa mais nobre de alguém que tem uma função governamental é pensar nessa direção”. O ministro enfatizou que o desenvolvimento econômico só se realiza se houver desenvolvimento social. “Incluir socialmente milhões de pessoas excluídas é também a forma de garantir o desenvolvimento sustentável, no plano econômico e social", disse.

O vice-presidente de Gana, John Dramani Mahama, lembrou da parceria que o Brasil estabeleceu com seu país ainda no governo anterior e disse que parcerias como essa, que também foram estabelecidas com outras nações africanas, são muito importantes para o desenvolvimento dos países da região.

Edição: Lana Cristina