Campanha de vacinação contra a gripe imuniza 54% do público-alvo em São Paulo

28/05/2012 - 16h53

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A campanha nacional de vacinação contra a gripe  imunizou pouco mais de 50% do público-alvo no estado. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, até a última sexta-feira (25), foram vacinados 3,7 milhões de paulistas, resultando em 54% de cobertura. Desses 60% foram crianças, 56% idosos e 48% grávidas.

Como a prorrogação da campanha até sexta-feira (1º),  a secretaria espera alcançar a meta de 5,3 milhões de pessoas imunizadas, o que corresponde a 80% do número de cidadãos dentro dos grupos atendidos, que inclui também indígenas e profissionais de saúde. A vacina imuniza a população contra a influenza A (H1N1) e outros dois tipos do vírus Influenza – as variedades A (H3N2) e B.

Segundo a diretora de Imunização da secretaria, Helena Sato, o que aconteceu neste ano é muito semelhante ao que houve no ano passado. “Com três semanas de campanha, não tínhamos chegado à nossa meta, mas com a prorrogação chegamos. A ideia da prorrogação é justamente essa, porque as pessoas ainda deixam para depois ou são resistentes a tomar a vacina porque acham que vão ter reação”, disse.

Uma das reações que as pessoas temem é a possibilidade de tomarem a vacina e aí sim ficarem gripadas, mas a médica explicou que a vacina é feita com fragmentos do vírus, incapazes de causar a gripe. “A vacina pode dar reação, mas nada além de uma febre nos dois dias que se seguem à imunização. E, normalmente, não mais que 10% daqueles que a tomarem terão essa reação”.

Entretanto, Helena também destacou que, mesmo depois de 14 campanhas realizadas, ainda há pessoas que deixam de se vacinar mesmo sendo do grupo prioritário, por não entenderem a importância da vacinação. “Crianças, grávidas e idosos infectados com a gripe têm maior risco de evoluírem com complicações, como pneumonia e internação hospitalar”.

Entre as gestantes, a cobertura acaba sendo menor na comparação com outros grupos, devido ao temor de que a vacina faça mal ao bebê. “A vacina não faz mal ao bebê, não causa má-formação. Ao contrário, a mãe tomando a vacina faz o bebê nascer imunizado, pois [a imunização] passa para ele pela placenta”.

Segundo dados do Ministério da Saúde, estudos demonstram que a vacinação contra a gripe pode reduzir entre 32% a 45% o número de internações por pneumonias e entre 39% e 75% a mortalidade global.

Até sexta-feira, continuam em funcionamento no estado de São Paulo os 7 mil postos de vacinação, entre fixos e volantes, além de 3,5 mil veículos, 32 ônibus e cinco barcos. Os postos de saúde vão abrir das 8h às 17h.

Edição: Davi Oliveira