Médicos federais protestam no Rio contra prejuízos na medida provisória que melhora salários

22/05/2012 - 17h36

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Médicos de hospitais federais do Rio de Janeiro fizeram hoje (22) protesto em frente ao Theatro Municipal, na Cinelândia, região central da capital, contra alegado congelamento salarial devido a mecanismos criados pela Medida Provisória 568, editada no início deste mês, que ajusta o salário dos servidores ativos e inativos, além de pensionistas.

Antes, o grupo de cerca de 500 profissionais, conforme estimativa da assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), reuniu-se em frente ao Palácio Gustavo Capanema, também no centro, onde funciona a representação do Ministério da Educação.

A caminhada dos médicos até a Cinelândia foi acompanhada de perto por policiais militares e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio). O trânsito ficou lento na região, mas não houve interrupção do fluxo viário.

A Medida Provisória 568 institui partir do dia 1º de julho diversas mudanças na remuneração dos médicos, entre elas a criação da Vantagem Pessoal Nominal Identificada (VPNI), item apontado pelos servidores como o mais prejudicial à classe.

A VPNI é uma compensação salarial que reúne benefícios como insalubridade, periculosidade, gratificações, entre outros, antes vinculados ao salário dos médicos federais.

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Márcia Rosa, com essa desvinculação dos benefícios, a cada percentual de reajuste salarial será descontado o mesmo índice na VPNI, causando em longo prazo uma equiparação entre os salários.

A presidente explicou que esse mecanismo vai causar o congelamento do salário da categoria. “Eles conseguiram um subterfúgio para reduzir o salário nominalmente. Eles vão congelando progressivamente, então, quando congela, acaba reduzindo o salário ao longo do tempo”, destacou. 

Na quinta-feira da próxima semana (31) os servidores voltam a se reunir em assembleia para definir as próximas ações, na tentativa de modificar o texto da medida provisória.

Edição: Davi Oliveira