Pesquisa avalia importância do tema biodiversidade para oito países

16/05/2012 - 7h31

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Menos de 20% de 8 mil pessoas entrevistadas em várias partes do mundo pela organização suíça União para BioComércio Ético (UEBT) já ouviram falar sobre a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada de 13 a 22 de junho no Rio de Janeiro. Apenas 6% das pessoas ouvidas no Brasil, na França, Alemanha, Índia, no Peru, na Suíça, no Reino Unido e nos Estados Unidos demonstraram saber do que trata o evento.

O dado, inédito no relatório Barômetro de Biodiversidade, surge como um alerta na edição deste ano. O documento é feito há quatro anos para avaliar o nível de conhecimento das pessoas sobre biodiversidade e como a indústria, especialmente de cosméticos, incorpora o conceito em suas atividades.

Para a representante da UEBT no Brasil, Cristiane de Moraes, “a Rio+20 não está sendo bem divulgada, mas muitas empresas, organizações e governos estão se articulando. Se depender dessas articulações, o Brasil pode ser visto como plataforma e criar tendências nesse tema”.

O otimismo pode estar justificado no nível de conhecimento que os brasileiros apresentaram sobre biodiversidade. “Quase 100% dos brasileiros entrevistados têm noção do que é biodiversidade e, desse total, quase a metade sabe exatamente do que se trata”, disse Cristiane.

De acordo com o levantamento da organização, apenas os suíços (83%) e franceses (95%) apresentaram nível de consciência sobre o tema próximo ao dos brasileiros. Na média global, menos de 70% dos entrevistados dos oito países tinham alguma noção do que é biodiversidade. Vinte anos depois da Cúpula da Terra (Rio 92), pouco mais de 6 mil pessoas já ouviram falar sobre desenvolvimento sustentável.

“Realmente os números globais ainda são baixos, mas o nível de consciência sobre o tema vem aumentando nesses quatro anos de pesquisa. E os brasileiros vêm mostrando crescimento impressionante de consciência sobre esses temas”, afirmou a representante da UEBT no Brasil.

Edição: Graça Adjuto