Sirenes impediram tragédia ainda maior, diz prefeito de Teresópolis

07/04/2012 - 17h08

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - O prefeito de Teresópolis, na região serrana do estado, Arlei de Oliveira Rosa, admitiu que a tragédia ocorrida no município poderia ganhar proporções ainda maiores caso o governo não tivesse instalado sirenes de alerta nas comunidades que vivem em áreas de risco na cidade.

Segundo Rosa, o alarme das sirenes - instaladas após as chuvas de janeiro do ano passado que deixaram um saldo de quase mil mortes em toda a região, além de centenas de desaparecidos – permitiu que muitas das famílias que vivem em áreas de risco pudessem deixar suas casas em busca dos abrigos da prefeitura.

“O governo do estado instalou sirenes de alerta nos bairros de maior risco de deslizamento. Foi o toque dessas sirenes que permitiu que as famílias deixassem suas casas e procurassem os abrigos da prefeitura. Se não fosse isso a tragédia teria sido muito pior”, disse em entrevista à Rádio Nacional.

As chuvas duraram cerca de quatro horas e a sua intensidade deixou um saldo de cinco mortos, uma pessoa desaparecida, 15 feridas, além de centenas de desabrigados e desalojados – pessoas que tiveram que deixar suas casas temporariamente por causa do temporal e do risco de deslizamento de terra.

Rosa ressaltou que, no centro da cidade, rios transbordaram e a água chegou a subir cerca de 1 metro. Segundo ele, no final da noite de ontem, quando a chuva parou, o nível da água desceu e os serviços básicos afetados pelo temporal começaram a ser restabelecidos.

A prefeitura de Teresópolis vai solicitar ajuda aos governos federal e estadual para a reconstrução da infraestrutura básica da cidade afetada pela força das águas. “Há muito o que fazer e a reconstruir. O nível da água baixou, mas deixou um rastro de destruição e lama e nós precisamos de máquinas e homens para realizar os trabalhos de recuperação da infraestrutura básica e de limpeza da cidade”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Defesa Civil, Humberto Viana, admitiu que o sistema de alerta à população pode ser melhorado.

 

 

Edição: Lílian Beraldo