Polícia Militar pede ajuda à população para localizar esconderijos de traficantes na Rocinha

05/04/2012 - 17h15

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os traficantes de drogas continuam agindo na Favela da Rocinha, na zona sul da cidade, mesmo com a presença das forças de segurança do estado que ocupam a comunidade desde novembro do ano passado. De março até agora, nove pessoas já morreram na favela. A vítima mais recente foi o cabo do Batalhão de Choque, Rodrigo Cavalcante, 33 anos, morto ontem (4) com tiro de pistola ao abordar um suspeito na parte alta da comunidade.

Hoje (5), a Polícia Militar (PM) pediu o apoio da população para que ajude na localização dos esconderijos dos traficantes. A PM divulgou o telefone do setor de inteligência do Batalhão de Choque para que as pessoas liguem. O número é 2332-8486, e não precisa se identificar. A denúncia também pode ser feita pelo telefone 2253-1177, do Disque Denúncia.

A Rocinha é a maior comunidade popular do Rio, com mais de 100 mil moradores. O acesso à favela é difícil, com muitos becos e vielas. O patrulhamento é complicado porque a favela já cresceu até a região de floresta, com saídas para os bairros de São Conrado, Leblon, Gávea e Lagoa. Após a morte do militar, o centro de controle da ocupação da Rocinha decidiu transferir o comando para a parte mais alta do morro.

Esta manhã, na localidade conhecida como 199, policiais do serviço reservado do Batalhão de Choque prenderam Denílson Lima Virgílio, que portava uma granada, e outro suspeito, identificado apenas como Meteoro, flagrado com drogas. Os policiais militares chegaram aos dois por meio de uma denúncia anônima.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho disse hoje, durante o enterro do cabo Rodrigo Cavalcante, no Cemitério Jardim da Saudade, na Sulacap, bairro da zona norte da cidade, que não haverá recuo na política de segurança pública de levar a paz à Rocinha. “Vamos continuar com a política de segurança pública do governo do estado, que é a de pacificar o Rio de Janeiro”.

 

Edição: Aécio Amado