Senadores cobram de Conselho de Ética rapidez na análise de representação contra Demóstenes Torres

02/04/2012 - 19h14

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Pedro Taques (PDT-MT) entraram hoje (2) com pedido na Comissão de Ética do Senado para que agilize a análise da representação apresentada na semana passada pelo PSOL contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Os três senadores disseram ter tomado conhecimento pela imprensa que o conselho só irá se reunir no dia 10 de abril para eleger um novo presidente. O senador Jayme Campos (DEM-TO) está no cargo interinamente, mas já se declarou impossibilitado de conduzir um processo para investigar Torres por ser colega de partido. Para Rodrigues, Ana Amélia e Taques, não parece razoável que o conselho leve tanto tempo apenas para escolher um presidente, antes de decidir se irá aceitar ou não o processo para investigar o senador do DEM.

“Diante de tantas denúncias, não nos parece razoável que fato de tamanha gravidade, que coloca em xeque a imagem desta Casa, tenha sua apreciação iniciada tanto tempo após a provocação a este conselho. Tal fato acaba por criar, desnecessariamente, dúvida na opinião pública quanto à disposição do Senado Federal em iniciar as investigações”, alegam os três senadores no documento apresentado hoje na comissão.

A representação apresentada pelo PSOL, no dia 28 de março, pede que o senador seja investigado pelo Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar em função de seu envolvimento com o empresário Carlos Ramos, o Carlinhos Cacheira.

Demóstenes foi flagrado pela Polícia Federal em conversas telefônicas com Cachoeira e admitiu que recebeu presentes de casamento do empresário no valor de R$ 30 mil. Outras conversas divulgadas pela imprensa apontam ainda o senador e Cachoeira tratando da relatoria de projetos que interessam ao empresário.

Torres vem sendo pressionado pelo partido para deixar a legenda. Uma reunião entre ele e colegas do DEM hoje (2) deve decidir o futuro do senador no partido.

 

Edição: Aécio Amado