Iraque tenta reconstruir área política, econômica e social

25/03/2012 - 12h13

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Vizinho do Irã, da Turquia e da Arábia Saudita, o Iraque foi dominado, nos últimos oito anos, por forças estrangeiras em apoio à campanha dos Estados Unidos contra o terrorismo. Em março de 2003, o país foi invadido por tropas militares, comandadas pelos norte-americanos, que suspeitavam da existência de arsenais químicos e nucleares na região.

Em dezembro do ano passado, as tropas norte-americanas e aliadas iniciaram o processo de retirada do país. Logo depois dos ataques de 11 de setembro de 2011, o então presidente norte-americano, George W. Bush, disse que o Iraque “pertencia ao Eixo do Mal”, assim como a Coreia do Norte e o Irã.

Bush se referia aos países que, na sua opinião, pretendiam atacar os Estados Unidos e aliados por meio de armas de destruição em massa. O ex-presidente norte-americano conseguiu apoio para invadir o Iraque alegando a busca pela segurança internacional.

A invasão ao Iraque foi associada também à captura do então presidente iraquiano, Saddam Hussein (1979-2003), que também acumulou a função de primeiro-ministro e era apontado como inimigo dos Estados Unidos. Em 2006, Saddam foi executado, cumprindo a sentença de pena de morte definida pelo tribunal interino do país.

Porém, a instabilidade política no Iraque permanece. Explosões de carros-bomba são frequentes e há também informações de conflitos de etnias, principalmente entre a maioria árabe e a minoria de curdos. Pela Constituição em vigência, há no país uma democracia parlamentarista – com presidente da República e primeiro-ministro.

Na economia, os esforços são para ampliar a produção local baseada na exportação de petróleo e tâmaras. Porém, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o Iraque deixou de exportar a maior parte de sua produção em decorrência do bloqueio econômico internacional. O país detém a segunda maior reserva de petróleo do mundo, perdendo apenas para a Arábia Saudita.

De acordo com organizações não governamentais, a maioria dos 27,7 milhões de habitantes do Iraque depende da doação de cestas básicas distribuídas por várias entidades e também pelo governo. A estimativa é que os oito anos de guerra deixaram pelo menos 500 mil refugiados do país.

Edição: Talita Cavalcante