Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, voltou a defender hoje (8) uma reforma política que traga igualdade de gênero em cargos legislativos de votação proporcional (câmaras de Vereadores, assembleias estaduais e Câmara dos Deputados).
A expectativa da ministra é que com a reforma, os partidos sejam obrigados a apresentar listas fechadas de nomes, alternando as candidaturas de homens e mulheres. Com a nova forma de apresentação de candidatos, ela espera que as mulheres ocupem 50% dos cargos em disputa, proporção maior que os 30% estabelecidos pelo regime de cota.
“Só assim as mulheres conseguirão participar da vida pública nas casas legislativas”, disse a ministra após participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços e pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Segundo Eleonora Menicucci, as mulheres deverão atuar nos partidos em favor das mudanças. “Espero que as mulheres façam a mudança de mentalidade nos seus partidos políticos para incorporar a transversalidade de relações de gênero”. As mulheres formam a maioria do eleitorado brasileiro.
A proposta de reforma política, relatada pelo deputado Henrique Fontana (PT-DF), está parada desde outubro do ano passado na comissão especial dedicada ao tema. Lideranças políticas discutem a possibilidade de fazer consulta pública sobre as mudanças no próximo ano ou em 2014.
Além do avanço na reforma política, a ministra espera que o Congresso Nacional transforme em lei a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a regulamentação do trabalho doméstico, aprovada no ano passado durante a 100ª Conferência Internacional do Trabalho. “O trabalho doméstico é igual a qualquer outro no Brasil”, ressaltou.
Edição: Graça Adjuto