Ciclistas vão às ruas de várias cidades protestar por mais segurança no trânsito

06/03/2012 - 12h25

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Ciclistas de várias cidades brasileiras realizam hoje (6) à noite uma manifestação para pedir mais atenção dos governos às bicicletas como meio de transporte a ser levado em conta na elaboração de políticas públicas de mobilidade. O objetivo é exigir mais segurança no trânsito por meio de ações como a construção de ciclovias e a realização de campanhas educativas para sensibilizar os motoristas e os ciclistas sobre seus direitos e deveres previstos no Código de Trânsito Brasileiro.

As manifestações estão previstas para ocorrer a partir das 19h, e, segundo informações divulgadas pelas redes sociais, há grupos locais organizando-as em Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Caxias do Sul (RS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Gramado (RS), Laranjeiras do Sul (PR), Londrina (PR), Manaus (AM), Maringá (PR), Natal (RN), Parnamirim (RN), Ponta Grossa (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Lourenço (MG), São Luís (MA), São Paulo (SP), Timbó (SC) e Vitória (ES).

Chamada de Bicicletada Nacional, a iniciativa é uma ampliação dos passeios que grupos realizam semanalmente em cidades de todo o país e foi desencadeada depois que ao menos menos três ciclistas perderam a vida, atropelados em apenas um dia.

Na última quinta-feira (2), a bióloga Juliana Dias, 33 anos, foi atropelada por um ônibus quando transitava pela Avenida Paulista, em São Paulo, uma das mais conhecidas vias do país. No mesmo dia, pelo menos mais dois ciclistas também morreram atropelados.

O mecânico Hélio Nunes da Costa, 43 anos, foi atingido por um carro ao tentar atravessar a BR-316, na região metropolitana de Belém (PA) e a poucos metros de uma passarela de pedestres. A terceira morte foi registrada no Riacho Fundo (DF).

Somente na capital paulista, 439 ciclistas morreram no trânsito entre 2005 e 2010, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Edição: Juliana Andrade