Crédito habitacional triplica desde 2007 e atinge 5% do PIB em janeiro

28/02/2012 - 19h37

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O crédito para a compra da casa própria atingiu em janeiro a marca de 5% de tudo o que a economia produz, divulgou hoje (28) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Segundo ele, em cinco anos, o volume de crédito habitacional mais do que triplicou em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

“Em janeiro de 2007, o crédito habitacional correspondia a 1,5% do PIB. Em janeiro de 2011, esse total era 3,7%”, comparou Maciel. No mês passado, o volume do crédito habitacional atingiu R$ 205,8 bilhões, alta de 2,7% em relação a dezembro e de 44,5% em 12 meses.

Do total de crédito habitacional, R$ 191,3 bilhões correspondem a créditos direcionados – operações com recursos do governo ou da parcela que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central e que têm juros mais baixos. Os R$ 14,5 bilhões restantes têm origem em operações com recursos livres.

Maciel também divulgou dados preliminares sobre a evolução do crédito em fevereiro. Nos oito primeiros dias úteis deste mês, a média diária das concessões cresceu 0,9% em relação ao mesmo período de janeiro. Essa expansão, no entanto, resulta de movimentos diferentes: a concessão de crédito a empresas cresceu 3,3%, enquanto os novos empréstimos a pessoas físicas recuaram 2%.

Até 10 de fevereiro, os juros médios das operações totais de crédito cresceram 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. As taxas para pessoas físicas aumentaram 1,2 ponto, mas os juros cobrados das empresas caíram 0,6 ponto. O spread bancário (diferença entre as taxas pela qual os bancos captam recursos e os juros cobrados dos tomadores de crédito) subiu 0,7 ponto.

Apesar de os números indicarem que o crédito continuará encarecendo em fevereiro, Maciel evitou fazer previsões para este mês. “Os dados são apenas preliminares. Durante o mês, o comportamento pode mudar ao longo de fevereiro, até porque o número de dias úteis foi reduzido por causa do carnaval”, explicou.
 

Edição: Rivadavia Severo