Corpo de Bombeiros do Rio diz que corporação trabalha normalmente

10/02/2012 - 15h24

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou hoje (10), por meio de nota, que as unidades da corporação em todo o estado estão funcionando normalmente. De acordo com a nota, as saídas para atendimentos emergenciais estão preservadas, assim como a presença dos agentes nas unidades. As associações que representam os bombeiros e policiais civis e militares do estado fizeram uma ssembleia, na noite de ontem (9), e decidiram entrar em greve, mas, na manhã de hoje, a movimentação era normal no Quartel-Central do Corpo de Bombeiros, no centro da capital fluminense.

Segundo Paulo Nascimento, um dos integrantes do movimento grevista das forças de segurança do estado, os bombeiros que atuam como guarda-vidas da Praia de Copacabana, na zona sul, se reuniram e decidiram não registrar o ponto. No entanto, os bombeiros do Salvamento Marítimo foram trabalhar normalmente, mas sem usar o uniforme da corporação.

Nascimento também disse que grande parte do efetivo está aquartelado, incluindo agentes que estavam de férias ou folga. "Parentes dos bombeiros também foram convocados para ocupar os quartéis", disse ele. A intenção é pressionar as autoridades para libertar o cabo Benevenuto Daciolo, preso na quarta-feira (8), quando voltava de Salvador, acusado de crimes de incitamento e aliciamento de motim no estado.

De acordo com Oscar dos Santos, de 39 anos, ambulante que trabalha na Praia de Copacabana, a greve irá atrapalhar o serviço de salvamento. "A praia é um local que muita gente frequenta e é muito perigosa também. Sempre que tem um afogamento, [os bombeiros] estão fazendo o papel deles pela população, que vem para curtir a praia".

Já na Praia do Leblon, o vendedor ambulante Luis Carlos Gomes, de 54 anos, acha que a greve das corporações causa insegurança na população. Para ele, o governador Sérgio Cabral deveria atender às exigências dos grevistas. "Se [os bombeiros] estivessem recebendo o dinheiro deles, com certeza iam estar trabalhando salvando vidas . Se o governador atender às reivindicações, a gente vai ter mais proteção na rua".

Em junho do ano passado, mais de 400 bombeiros, em protesto por melhores salários, foram detidos após invadir e ocupar o quartel-central da corporação, no centro da cidade. Depois, foram anistiados.

Edição: Vinicius Doria