Da Telam
Brasília – O número de mortos na noite de sexta-feira (20), em uma série coordenada de ataques com bombas na cidade nigeriana de Kano, no Norte do país, chega a 143, informaram autoridades locais. A polícia confirmou apenas sete mortes. Segundo fontes médicas, a cifra pode aumentar, já que muitos ficaram gravemente feridos durante as explosões.
Os ataques à bomba, reivindicados pelo grupo islâmico Boko Haram, atingiram postos policiais em várias partes da segunda cidade mais importante da Nigéria. O grupo Boko Haram, que defende a adoção da Sharia, a lei islâmica, diz que agiu em represália à detenção de membros da organização na cidade.
O primeiro impacto foi o de um suicida, que jogou seu automóvel cheio de explosivos contra o posto central da polícia. Em seguida, mais bombas foram detonadas.
Entre os mortos, está um repórter de 31 anos, Eneche Akogwu, atingido por disparos enquanto entrevistava testemunhas dos ataques. Após os ataques, voluntários ofereceram os primeiro socorros aos feridos e encaminharam para os hospitais os casos de maior gravidade, informou o porta-voz da Cruz Vermelha na Nigéria, Nwakpa O. Nwakpa.
Soldados e policiais lotaram as ruas de Kano, uma cidade de mais de 9 milhões de habitantes e importante centro político e religioso no norte muçulmano do país.
O presidente Goodluck Jonathan ainda não se dirigiu à nação após o último ataque. No dia de Natal, assim como no início deste mês, houve vários atentados a igrejas cristãs no Norte do país, assumidos pela seita Boko Haram. Dezenas de pessoas perderam a vida nesses ataques.
O presidente nigeriano decretou estado de emergência transitório em quatro regiões e fechou as fronteiras com os países vizinhos. Há três semanas, os islâmicos deram um ultimato aos cristãos para que abandonassem em três dias o Norte do país, de maioria muçulmana. O grupo Boko Haram rejeita o estilo de vida ocidental e o cristianismo.