Evolução do samba-enredo é tema de uma série de shows no Rio

17/01/2012 - 6h01

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A evolução do samba-enredo, desde o seu surgimento na terceira década do século 20, poderá ser acompanhada a partir de hoje (17), em uma série de shows promovidos pelo Sesi Cultural em seu teatro, no centro do Rio. A Febre do Samba – O Samba-Enredo no Século 20 terá dez espetáculos, realizados às terças e quintas-feiras, às 19h, até o dia 16 de fevereiro. Vinte e um músicos, além de convidados especiais, como o mestre-sala Manoel Dionísio e a porta-bandeira Selminha Sorriso, apresentarão 76 sambas-enredo que deixaram marca na história do carnaval carioca.

De acordo com o diretor musical da série, Guilherme Gonçalves, a escolha dos sambas teve como critério a beleza musical de cada um. “Não levei em conta se pertencia a essa ou àquela escola, ou se havia ganhado algum prêmio. Queremos mostrar a evolução dos sambas, os que tiveram maior repercussão e, sobretudo, a qualidade musical”, disse Gonçalves.

Com direção cênica de Emmanuel Santos, os espetáculos prometem transformar o Teatro Sesi em um mini-sambódromo. Às terças-feiras, entrarão na passarela 40 sambas do período que vai dos anos 30 a meados da década de 70, começando por Ando Sofrendo, de 1929, da Deixa Falar, fundada por Ismael Silva, Nilton Bastos e Mano Edgard e considerada por muitos a primeira escola de samba. Às quintas-feiras, no mesmo horário, serão 36 músicas, começando no fim dos anos 70 e encerrando em 1999.

O elenco de 21 músicos é formado por quatro cantores, dois cavaquinistas, dois violonistas e uma bateria com 14 ritmistas escolhidos pelo premiado mestre Odilon Costa. Bailarinos que integram as comissões de frente de algumas das principais escolas cariocas circularão pelo teatro interpretando figuras do carnaval, como a nega maluca, a baiana, a tia Ciata, o malandro, a colombina e Carmen Miranda.

Os ingressos, a preços populares, custam R$ 5 e podem ser adquiridos de terça a sábado, das 12h às 20h, na billheteria do Teatro do Sesi, no centro do Rio

Edição: Graça Adjuto