Governo italiano vai declarar estado de emergência em região onde ocorreu naufrágio

16/01/2012 - 18h06

Daniella Jinkings*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo italiano está se preparando para declarar estado de emergência na região afetada pelo naufrágio do cruzeiro Costa Concordia, próximo à ilha de Giglio, na Toscana. O anúncio foi feito hoje (16) pelo ministro do Ambiente, Corrado Clini.

A decisão oficial será anunciada até quinta-feira (19), data do próximo Conselho de Ministros italiano. “[A decisão] implica que todas as operações ligadas ao acidente passam a ser de interesse nacional e exigem a participação de instituições nacionais, para além das regionais", afirmou Clini depois de uma reunião com responsáveis locais.

As autoridades italianas temem que o acidente com o navio de cruzeiro, que bateu em rochas próximo à ilha e se encontra parcialmente submerso e virado, se transforme em um desastre ambiental caso as cerca de 2,38 mil toneladas de combustível nos tanques do navio se espalhem pelo mar. Segundo o ministro, o combustível dispersado no mar, pode contaminar a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros.

O Costa Concordia desviou-se da rota planejada e bateu em rochas, o que provocou um rombo no casco e o fez tombar, com cerca de 4,2 mil pessoas a bordo. Seis corpos já foram encontrados e cerca de 15 pessoas estão desaparecidas. Cinquenta e sete brasileiros estavam no navio – 51 passageiros e seis tripulantes. Segundo o Itamaraty, todos os brasileiros sobreviveram.

As caixas-pretas do navio começaram a ser analisadas e as primeiras avaliações indicam que a embarcação estava a menos de 150 metros da terra firme. Também há indicações de que a Guarda Costeira só foi informada do acidente pela tripulação cerca de uma hora depois da colisão com o rochedo.

Segundo Pier Luigi Foschi, presidente da empresa proprietária do navio, a Costa Crociere, o acidente ocorreu devido a um erro do capitão, Francesco Schettino, que foi detido ainda no sábado (14) pelas autoridades.

*Com informações da Agência Lusa

 

Edição: Lana Cristina