África continuará sendo prioridade da FAO, diz novo diretor da agência da ONU para alimentação

03/01/2012 - 15h13

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em sua primeira entrevista coletiva como diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano disse que a África continuará sendo a prioridade da entidade em seu mandato.

Em Roma, na sede da FAO, Graziano ressaltou os cinco pilares que devem nortear sua gestão: erradicação da fome, movimento rumo a um sistema mais sustentável de produção e consumo, conseguir maior equidade na gestão global de alimentos, completar a reforma da FAO com sua descentralização e expandir a cooperação Sul-Sul.

“Acabar com a fome requer o compromisso de todos: nem a FAO nem qualquer outro organismo vencerá essa guerra sozinho. A FAO está aberta para novas ideias e contribuições de todos”, disse Graziano, que assumiu o cargo no dia 1º de janeiro. A entrevista foi publicada na página da organização na internet.

Ele disse que pretende trabalhar “da forma mais transparente e democrática” com os países-membros, o setor privado, a sociedade civil e demais envolvidos. Graziano lembrou a situação de crise econômica enfrentada atualmente por vários países e disse que “um dos principais desafios da FAO é ser mais eficiente e ágil”. Nesse sentido, ele prometeu que, durante seu mandato, reduzirá custos administrativos. “Esta é uma obrigação nos tempos atuais, quando muitos países estão enfrentando dificuldades econômicas, que podem levar à redução de financiamento para o desenvolvimento”.

O novo diretor-geral disse que a FAO “cortará os excessos na nossa burocracia, procurará alternativas para tornar as viagens menos dispendiosas, utilizará melhor as tecnologias da informação e cortará regalias da alta gerência, inclusive do diretor-geral”. Graziano garantiu, no entanto, que as medidas não afetarão o trabalho técnico da organização.


Edição: Lana Cristina