Investimentos federais voltarão a subir em 2012, diz secretário do Tesouro

22/12/2011 - 17h57

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de caírem em 2011, os investimentos federais voltarão a subir no ano que vem, disse hoje (22) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, o início de algumas obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) vão ampliar os investimentos da União. “O PAC 2 tem uma série de projetos novos, com licitações que estão demorando para ser realizadas. No próximo período, as obras vão começar e as despesas subirão”, assegurou o secretário, ao comentar o superávit primário do Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) em novembro.

Augustin repetiu as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, em café da manhã com jornalistas, atribuiu a queda nos investimentos à troca de equipes nos ministérios no primeiro ano do governo da presidenta Dilma Rousseff. De janeiro a novembro, os investimentos federais caíram 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas o secretário garantiu que a tendência se inverterá em 2012.

“Isso [a queda nos investimentos] vai ser revertido num prazo não muito distante. No próximo período, os investimentos voltarão a crescer”, disse o secretário. Augustin ressaltou ainda que a redução nos investimentos não é preocupante porque ocorreu na comparação com 2010, ano em que esses gastos dispararam. “O ideal é manter o crescimento, mas a base de comparação, o ano passado, foi muito forte”, destacou.

Em relação ao superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), o secretário admitiu que estados e municípios podem não cumprir a meta regional de R$ 36,1 bilhões de esforço fiscal. Ele, no entanto, disse que a diferença será pequena e coberta pelo superávit do Governo Central, que ultrapassou a meta de R$ 91,7 bilhões até a terceira semana de dezembro.

A meta de superávit primário para o setor público (União, estados e municípios) corresponde a R$ 127 bilhões. Apesar de um possível descumprimento de prefeituras e governos estaduais, Augustin disse que o esforço fiscal conjunto ficará um pouco acima desse montante. Assim como o ministro Mantega informou mais cedo, o secretário reiterou que eventuais sobras serão usadas para abater os juros da dívida pública e descartou novos aportes no Fundo Soberano, criado em 2008 com sobras do superávit primário daquele ano.

Edição: Vinicius Doria