Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O processo relativo ao assassinato de auditores do Ministério do Trabalho, em Unaí, Minas Gerais, episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí, foi desmembrado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão da Quinta Turma atendeu a um pedido do Ministério Público para agilizar o julgamento dos acusados.
Três fiscais e um motorista foram mortos enquanto verificavam as condições de trabalho na cidade mineira em 2004. O crime resultou na denúncia de nove pessoas, sendo que cinco estão presas, mas não foram julgadas até agora por causa de recursos apresentados pelos acusados que respondem ao processo em liberdade.
Uma decisão anterior já havia garantido o julgamento de um dos acusados presos para evitar ainda mais atrasos. Com a nova decisão da Quinta Turma, a medida será aplicada para os demais acusados detidos. Eles serão julgados por júri popular.
De acordo com relatório do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), respondem ao processo em liberdade os três acusados de serem os mandantes do crime - prefeito de Unaí, fazendeiro Antério Mânica, seu irmão, também fazendeiro, Norberto Mânica e o empresário cerealista Hugo Alves Pimenta – e o empresário José Alberto Costa, acusado intermediar a negociação entre os mandantes e executores.
As pessoas responsáveis pelo planejamento e execução do crime estão presas. São elas: Francisco Elder Pinheiro, acusado de montar toda a estrutura para a chacina e de acompanhar a execução pessoalmente, Erinaldo de Vasconcelos Silva, suspeito de matar três das quatro vítimas, Rogério Alan Rocha Rios, suspeito de matar a quarta vítima, William Gomes de Miranda, motorista, e Humberto Ribeiro dos Santos, encarregado de apagar uma das provas do crime (o registro de um dos assassinos no livro de entrada de um hotel).
Edição: Fernando Fraga//A matéria foi alterada às 18h24 para acréscimo de informações