Goiás contesta dados da CPT sobre trabalho escravo e diz que número de casos diminuiu no estado

13/12/2011 - 19h28

Da Agência Brasil

Brasília – A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás (SRTE/GO) informou, há pouco, que 272 trabalhadores foram resgatados da condição de trabalho escravo em 12 operações realizadas este ano no estado. Seis dos trabalhadores eram menores de idade. As operações resultaram na notificação de 57 empresas, como olarias e carvoarias, plantadoras de cana-de-açúcar e especilizadas em corte de eucalipto e limpeza de terras para o plantio.

Segundo o superintendente regional substituto, Valdivino Vieira da Silva, os dados sobre trabalho escravo divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) não batem com as informações apuradas em Goiás, pois algumas cidades incluídas no relatório da comissão pertencem à jurisdição do Distrito Federal.

Pelos dados da Superintendência do Trabalho, houve redução no número de casos de trabalho escravo e no de trabalhadores resgatados, devido às operações de combate realizadas durante o ano, disse Valdivino. "Mas nenhuma das denúncias que chegaram à superintendência deixou de ser apurada. Com as operações de combate, verificamos que eram profissionais da área, e apenas dois casos de reincidência aconteceram em carvoarias", ressaltou.

De acordo com Valdivino, os 272 trabalhadores resgatados este ano receberam das empresas denunciadas indenizações rescisórias que  totalizaram R$1,6 milhão.

A Agência Brasil procurou ouvir autoridades dos estados do Pará e de Mato Grosso do Sul sobre a questão do trabalho escravo, mas, até o fechamento desta matéria, não teve retorno. No levantamento da CPT, os dois estados estão entre os que registraram aumento de casos.

Edição: Nádia Franco