Revitalização da margem do Rio Paraná pode melhorar segurança na fronteira, diz delegado

09/12/2011 - 11h48

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

 

Curitiba – A revitalização de toda a margem do Rio Paraná, desde as proximidades da Usina de Itaipu até o Marco das Três Fronteiras – Brasil, Argentina e Paraguai – é um dos principais assuntos em discussão hoje (9), no Seminário sobre Defesa Nacional na Faixa de Fronteira, em Foz do Iguaçu.

Segundo o delegado da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Guilherme de Biagi, a ocupação racional de toda a margem do Rio Paraná pode melhorar a segurança pública na fronteira e em todo o país. De acordo com ele, é nessa região, em embarcações clandestinas, que entra no país grande parte das mercadorias contrabandeadas, drogas e armas. Ele disse que o projeto de ocupação está sendo apresentado aos deputados da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, num debate na Câmara Municipal, proposto pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP).

O delegado explicou que o projeto vem sendo desenvolvido por uma comissão integrada por representantes da Usina de Itaipu e da União Dinâmica de Faculdades Cataratas (UDC), com a participação de diversos outros órgãos da região.

"Propõe a construção de condomínios residenciais, hotéis, bases das polícias Federal, Ambiental, e da Marinha em áreas na beira do rio que hoje são ocupadas irregularmente. A idéia é colocar a população perto do rio, olhando para esta área e não de costas, como é hoje, porque a própria população ajudará na fiscalização”, disse Biagi.

“Vamos mostrar aos deputados que com nossos poucos recursos e efetivos já temos bons resultados em quantidade de apreensões. Com mais recursos, maior efetivo e a construção deste parque linear teremos ainda mais eficácia nas apreensões”, completou.

Dados da Receita Federal mostram que o valor total das apreensões registradas no período de janeiro a novembro de 2011, nesta região de fronteira, já ultrapassa US$ 132 milhões em mercadorias e veículos. Comparado ao mesmo período do ano passado, verifica-se um aumento de 23%. Só no mês de novembro, as apreensões da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Foz do Iguaçu totalizaram US$ 14,2 milhões.

 

 

Edição: Lílian Beraldo