Presidente da Chevron diz que empresa agiu o mais rápido possível para conter vazamento

23/11/2011 - 18h01

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Chrevron Brasil, George Buck, disse hoje (23) que a empresa agiu “com a maior rapidez e eficiência possíveis” para conter o vazamento de óleo de um dos poços de exploração do grupo no Campo de Frade, no litoral norte do Rio de Janeiro.

Buck participou de audiência convocada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados para analisar o vazamento de petróleo do poço que está localizado na Bacia de Campos. O vazamento foi identificado no dia 8 de novembro, e, segundo estimativas da Chrevron, o equivalente a 2,4 mil barris de petróleo vazaram no oceano.

Depois de um atraso de duas horas, Buck começou sua apresentação na audiência com um pedido de desculpas ao povo e ao governo brasileiro e disse que a Chevron tem “profundo respeito” pelas instituições e as leis do país. “Esperamos continuar sendo parceiros do Brasil no trabalho de desenvolver os recursos e ajudar o Brasil a se tornar uma superpotência”.

Buck disse que a prioridade da empresa, ao saber do vazamento, foi proteger os trabalhadores da plataforma e o meio ambiente. “Agimos com a maior responsabilidade a partir do momento em que soubemos do acidente. A primeira prioridade da nossa atuação foi proteger o pessoal dentro e em torno da operação, para que ninguém sofresse nenhum tipo de ferimento. A segunda foi proteger o meio ambiente”, assegurou.

O executivo disse que o vazamento de óleo do poço foi controlado em quatro dias, o que, segundo ele, é considerado “de uma rapidez excepcional” por especialistas em vazamento de petróleo. Buck disse que a Chevron está investigando as causas do acidente e que os resultados da apuração serão divulgados, com transparência, para o governo e para a sociedade brasileira.

“Estamos trabalhamos com transparência e em colaboração com as autoridades brasileiras. Nos primeiros dias, a divulgação das informações foi confusa. Mas todas as informações da investigação serão apresentadas. Nosso intuito é que isso jamais se repita no Brasil, nem em qualquer outro lugar do mundo”.

A mancha de óleo na superfície do oceano está diminuindo de tamanho e se afastando da costa, mas ainda tem cerca de 6 quilômetros de extensão e 2 quilômetros quadrados (km²) de área, segundo informações divulgadas hoje pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). No dia 18, a mancha tinha cerca de 12 km².


Edição: Lana Cristina