Escolas do Rio receberão cartilha com orientações sobre os perigos do consumo das drogas

16/11/2011 - 18h15

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O governo do Rio de Janeiro, lançou hoje (16) no Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, no Complexo do Alemão, uma cartilha com orientações sobre os perigos e males causados pelo consumo de drogas. Com uma tiragem de 200 mil exemplares, a cartilha será, inicialmente, distribuída para professores da rede estadual de ensino, para as varas de Infância e Juventude e para alunos do ensino médio que tenham até 18 anos de idade.

Com o título Tudo o Que Você Pensa Que Sabe sobre Drogas, a cartilha tem 34 páginas e traz as informações com linguagem de fácil acesso para os estudantes. O material é resultado de uma pesquisa de quase dois anos, feita em presídios do estado. A pesquisa revelou que a maioria dos 500 entrevistados, com idades entre 18 a 25 anos, tinha cometido algum crime relacionado ao consumo ou ao tráfico de drogas. Já 80% dos pesquisados admitiram ser usuários de drogas.

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, lembrou que o combate às drogas só é possível com investimentos em educação e saúde. “Esse é um tema que nós temos que levar para toda sociedade. Essa questão da epidemia do crack se combate com educação, com ciência, com tecnologia e principalmente com pesquisa”, disse.

Cardoso também pediu apoio do setor privado, na tentativa de captar recursos para a confecção de mais 1,5 milhão de cartilhas, para que sejam levadas também a todas as comunidades e presídios do estado.

De acordo com o professor Oswaldo Munteal, responsável pela pesquisa, o material produzido tem como principal objetivo fazer com que os jovens saibam tudo sobre o uso de drogas. Por meio de orientações sobre como ocorre a dependência química e os danos que ela pode causar ao usuário, o professor quer acabar com o que chamou de “holocausto brasileiro”. "Os números do consumo de drogas são alarmantes. Não é brincadeira, só quem viu sabe. Foi uma pesquisa real, dentro da situação e nós ouvimos histórias realmente deprimentes", acrescentou.

Segundo Munteal, três estados do Nordeste já demonstraram interesse no projeto e pretendem usar a cartilha em suas escolas.

Edição: Lana Cristina