Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Entidades da sociedade civil querem garantir a participação na Comissão da Verdade, aprovada na última semana pelo Senado. A comissão tem o objetivo de apurar violações aos direitos humanos cometidas no Brasil entre os anos de 1946 e 1988. Para mostrar a disposição de colaborar com o trabalho da comissão e pedir mais espaço nesse processo, um ato público foi organizado pela entidade Coletivo RJ – Memória, Verdade e Justiça, na tarde de hoje (3), na Cinelândia, no centro do Rio.
“A ideia principal é reivindicar uma participação maior da sociedade civil, o que é uma demanda histórica. O processo de construção não tem sido feito em parceria com a sociedade, que não tem podido opinar, nem participar efetivamente”, explicou Moniza Rizzini, integrante do Instituto de Estudos da Religião (Iser), uma das entidades que fazem parte do coletivo.
Ela destacou que a Comissão da Verdade foi criada por lei ainda pendente de regulamentação, com a indicação futura de seus integrantes pela Presidência da República. “A ideia é que a sociedade civil também possa ter alguma influência nesses nomes [que serão indicados]”.
Fazem parte do Coletivo RJ entidades como Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), ligado ao teólogo Leonardo Boff, e Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil), que milita perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Edição: Lana Cristina