Justiça da Grã-Bretanha autoriza extradição de Assange para ser julgado na Suécia por crime sexual

02/11/2011 - 14h43

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Justiça da Grã-Bretanha autorizou hoje (2) a extradição do criador e fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, de 40 anos, para a Suécia. Ele é acusado de abuso sexual e estupro, crimes que, segundo a Justiça, ocorreram em Estocolmo, capital da Suécia, em 2010. O australiano nega as acusações e se disse vítima de manipulação política de grupos contrários ao trabalho do WikiLeaks.

Assange sinalizou hoje (2) que pretende recorrer da decisão. Ele tem duas semanas para recorrer à Suprema Corte da Grã-Bretanha. Mas ele próprio disse que só tomará essa decisão caso conclua que o tema trata de uma questão de "importância pública". Se a decisão da Justiça britânica for mantida, determinando sua extradição para a Suécia, a medida deve ser executada em um prazo de dez dias.

O criador e fundador do WikiLeaks virou um personagem público depois que o portal publicou documentos secretos envolvendo vários governos, principalmente o dos Estados Unidos, e empresas, referentes a assuntos de Estado e de diplomacia.

Assange está em liberdade, mas deve usar uma pulseira eletrônica e permanecer em uma residência no Oeste de Inglaterra, localizada a 200 quilômetros de Londres. A decisão de hoje da Justiça britânica é resultado de um recurso impetrado por Assange contra a sentença do tribunal de primeira instância, que, em fevereiro, decidiu favoravelmente à sua extradição da Grã-Bretanha para a Suécia.

Os responsáveis pelo WikiLeaks definem o portal como sendo uma organização transnacional sem fins lucrativos, com sede na Suécia, que publica informações, documentos e fotos vazadas de governos ou empresas sobre assuntos considerados de interesse público.


*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Lana Cristina