Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A redução da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 11,5% ao ano, torna atrativa para a Petrobras a captação em reais de parte dos recursos necessários para levar adiante o Plano de Negócios 2011-2015, disse hoje (20) o diretor Financeiro da estatal, Almir Barbassa, durante encontro com representantes de seguradoras, no Rio. Segundo ele, o plano da empresa prevê investimentos de US$ 224,7 bilhões.
Na avaliação de Barbassa, o mercado brasileiro ainda não tem a “profundidade” necessária para atender às necessidades da empresa. “Quanto menor os juros no mercado interno, mais atrativo o mercado para captação. O problema é que, internamente, há até prazos adequados, o que não há é profundidade, a disponibilidade de volumes grandes de financiamentos. E as nossas operações são sempre de grande porte.”
Mesmo assim, ressaltou o diretor Financeiro da Petrobras, o mercado brasileiro está em desenvolvimento e conseguirá aumentar a oferta de crédito.“É claro que uma operação de captação de US$ 6 bilhões ainda não dá para ser feita por aqui. Mas uma operação de captação de até R$ 1 bilhão já dá para ser feita internamente, desde que as condições sejam adequadas.”
De acordo com Barbassa, a Petrobras tem uma meta de captação e vai executá-la no prazo previsto.“Não temos nenhum compromisso com prazo imediato. Quanto à moeda, faremos a captação naquela que apresentar as melhores condições e vantagens (real, dólar, euro, libra esterlina, franco suíço etc). O mais importante são os prazos e as condições.”
Segundo ele, a Petrobras precisa ter uma captação anual entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões para viabilizar o Plano de Negócios 2011-2015.
Edição: João Carlos Rodrigues