Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Trabalhadores de várias categorias profissionais na Grécia começaram hoje (19) uma greve geral de 48 horas. Os primeiros a aderir à paralisação foram os jornalistas. O protesto é uma reação ao pacote elaborado pelo governo, com novos cortes de gastos para combater o endividamento. As medidas incluem a demissão de funcionários públicos, o aumento de impostos e taxas, além da redução de gastos.
No pacote, há ainda a previsão de cortes de salários e benefícios para aposentados. A proposta será votada pelo Parlamento da Grécia ainda esta semana, segundo estimativa das autoridades. Para os sindicatos, os cortes prejudicam a economia grega e intensificam os problemas com a dívida.
Greves anteriores paralisaram o país, com a suspensão dos serviços de transporte público, o fechamento de locais de turismo e o acúmulo de lixo pelas ruas. A economia da Grécia se sustenta principalmente no turismo. Porém, as revoltas constantes geradas pela instabilidade econômica têm afetado o setor.
A comunidade internacional cobra da Grécia reações para reduzir o déficit público – que ultrapassa em três vezes o valor permitido pela União Europeia – e para diminuir a dívida pública calculada em 350 bilhões de euros.
A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) avisaram que o governo da Grécia tem de promover reformas estruturais, uma exigência para a autorização do uso do fundo europeu de 110 bilhões de euros, que representa a principal forma de financiamento do Estado grego.
*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto