Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A população continua confiante na economia nacional, apesar da crise mundial. Segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) de setembro, divulgado hoje (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a confiança do brasileiro cresceu 0,4% na comparação com agosto. O índice está 1,5% acima da média histórica para o mês. No entanto, se comparado a setembro de 2010, apresenta uma queda de 5%.O levantamento também mostra que a maioria dos brasileiros espera aumento da inflação.
Os índices de expectativas em relação à inflação, renda pessoal e compras de bens de maior valor registraram melhora em setembro sobre agosto. Já as perspectivas sobre situação financeira e desemprego pioraram. As expectativas relativas ao endividamento se mantiveram estáveis no período.
O único indicador que continua abaixo da média histórica é o que mede as expectativas sobre a inflação. Mesmo assim, esse índice apresentou crescimento de 1,5% na comparação com agosto. De acordo com a CNI, isso sinaliza que os consumidores continuam pessimistas sobre a trajetória dos preços. Na comparação com setembro de 2010, informa o estudo, o indicador registrou queda de 17,2%. Para 68% dos entrevistados, a inflação “vai aumentar” ou “vai aumentar muito”.
Já o indicador de compras de bens de maior valor cresceu 2,1% na comparação com agosto. Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, essa elevação está relacionada à expectativa de aumento das compras para o fim de ano. “Esse indicador está 6% acima da média histórica para meses de setembro. Isso pode ser explicado pela maior facilidade de acesso ao crédito hoje que no passado.”
O índice que mede a renda pessoal cresceu 0,8% em setembro. Isso significa que os salários aumentaram.
A situação financeira não é tão otimista. Isso porque o índice que avalia a situação financeira apresentou uma queda de 1,3%, de agosto para setembro, enquanto o que mede a expectativa de desemprego recuou 1,5%. O relativo ao endividamento apresentou estabilidade, ficando em 0%.
A pesquisa foi feita Ibope com 2.002 pessoas em todo país, entre 16 e 20 de setembro.
Edição: João Carlos Rodrigues