Empregados dos Correios fazem passeata para pedir apoio às reivindicações

23/09/2011 - 13h00

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em greve há mais de uma semana, trabalhadores dos Correios de todo o país fazem hoje (23) uma passeata pedindo apoio à pauta de reivindicações da categoria. Em Brasília, o grupo vai se reunir às 16h, em frente ao Ministério das Comunicações.

Os Correios propõem a suspensão da greve para a retomada das negociações. A proposta da empresa oferecida antes da paralisação prevê reajuste de 6,87%, mais aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800. A contraproposta da categoria prevê uma diminuição de R$ 400 para R$ 200 no reajuste linear que estava sendo pedido, além da redução do aumento do vale-cesta e do vale-refeição.

A categoria exige, no entanto, a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público dos Correios. Os trabalhadores também querem a reposição da inflação de 7,16% e o aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. O impacto dessas exigências nas contas dos Correios chega a R$ 4,3 bilhões, o que representa um aumento de 70% na folha de pagamento.

No Rio, a categoria fez uma manifestação no final da manhã, em frente à sede da empresa, na Cidade Nova, próximo ao centro. Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, Ronaldo Leite, o fim greve depende apenas de uma proposta mais interessante da empresa.

“Se a empresa aprovasse uma proposta que fosse contentar o trabalhador, a gente encerrava a greve hoje mesmo. Não é interessante para nenhum trabalhador a continuidade da greve, pelo fato que isso afeta a população e a empresa”, destacou o sindicalista.

A assessoria de imprensa dos Correios, no Rio, informou que algumas medidas foram tomadas para minimizar os transtornos e melhorar o atendimento à população. Entre elas, a realização de mutirões com funcionários de outros setores para agilizar a fase de triagem das correspondências desde a semana passada. A empresa também informou que todas as agências do estado estão abertas para atendimento ao público.

De acordo com os Correios, desde o início da greve, a média de atraso nas entregas de correspondências e encomendas chega a 35%. Os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta foram suspensos, pois é inviável cumprir os horários de entrega.

Edição: Talita Cavalcante// Matéria alterada para acrescentar informação às 13h46.