Oposição na Líbia promete instaurar governo provisório em dez dias

21/09/2011 - 9h08

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O chanceler do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mahmoud Jibril, disse ontem (20) que em dez dias o país terá um governo de transição. Segundo ele, o esforço será para buscar o consenso e consolidar um processo democrático. Jibril ressaltou que a Líbia esteve sob o poder de uma gestão não democrática por mais de 40 anos – período de liderança de Muammar Khadafi.

“É necessário também estabelecer certa transparência e credibilidade no trabalho do novo governo, que necessitará igualmente de certa estrutura”, destacou o chanceler do CNT, que representa a oposição a Khadafi.

Jibril está em Nova York para participar da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e também de reuniões paralelas, como a lançada pelo G8 (grupo dos países mais desenvolvidos do mundo) em apoio às reformas nos países muçulmanos. A bandeira da oposição da Líbia foi hasteada ao lado das dos demais países que integram a ONU.

Ao final das reuniões do CNT com os integrantes do G8, foi aprovado um comunicado. No documento, os chanceleres expressaram “esperança”, gerada pelas manifestações ocorridas ao longo deste ano em vários países muçulmanos. Segundo a nota, as manifestações refletem “aspirações legítimas dos povos da região” por maior liberdade, justiça e direitos humanos.

Os chanceleres dos Estados Unidos, do Japão, da Alemanha, do Reino Unido, da França, Itália e do Canadá, além da Rússia – que integram o G8 - comprometeram-se a apoiar o plano de ação que se propõe a consolidar o processo de mudanças políticas e econômicas na região.

O governo do Brasil apoiou a participação dos integrantes do CNT nas reuniões da Assembleia Geral da ONU. Mas ainda não se manifestou oficialmente sobre o reconhecimento à legitimidade do órgão como único representante no comando da coordenação do processo de transição na Líbia.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.//Edição: Graça Adjuto