Venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet cai em agosto

19/09/2011 - 20h15

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet caiu em agosto. Segundo balanço divulgado hoje (19) pelo Tesouro Nacional, os investidores cadastrados no Programa Tesouro Direto adquiriram R$ 315,35 milhões em papéis públicos no mês passado, contra R$ 318,71 milhões registrados em julho, queda de 1,05%.

Apesar dessa queda, o volume é o maior registrado para o mês e o quarto melhor de 2011. Em agosto do ano passado, o Tesouro Direto havia vendido R$ 259,53 milhões em títulos públicos pela internet. De um ano para outro, a alta ficou em 21,5%. O recorde mensal de vendas ocorreu em maio, quando R$ 360,91 milhões haviam sido vendidos.

Com a alta da inflação, os papéis corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram os mais procurados, concentrando 46,23% do valor vendido. Em seguida, vieram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), cuja participação atingiu 36,77%. Os papéis vinculados à Selic (taxa básica de juros) corresponderam a 17% das vendas.

O número total de investidores cadastrados no programa totalizou 258.968, o que representa incremento de 29,07% nos últimos 12 meses. Somente em agosto, 6.239 novos participantes aderiram ao Tesouro Direto. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil corresponderam a 59,12% do volume aplicado no mês.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente pela internet, sem a intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora que ficará com a custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem para captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a taxa Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente.

Edição: Lana Cristina