Mercados reagem com otimismo à ação coordenada de bancos centrais contra a crise

16/09/2011 - 10h43

Da BBC Brasil

Brasília – Os mercados financeiros reagiram com otimismo hoje (16) ao anúncio de cinco bancos centrais internacionais de medidas emergenciais para aumentar a liquidez para empréstimos, na expectativa de que isso reduza os temores sobre as dívidas de países europeus.

As medidas anunciadas em uma ação coordenada pelo Banco Central Europeu, pelo Banco da Inglaterra, pelo Banco Central da Suíça, pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) e pelo Banco do Japão têm o objetivo de garantir que os credores, especialmente na Europa, continuem a emprestar dinheiro entre si.

Os bancos centrais anunciaram que vão oferecer empréstimos adicionais em dólar por três meses, a partir de outubro. A ação visa a conter os temores de que a crise provoque uma paralisação nos mercados de crédito.

A crise é uma ameaça aos bancos, que correm o risco de sofrer grandes prejuízos caso os países europeus em dificuldades não consigam honrar os compromissos de suas dívidas.

A Grécia é o atual foco de preocupação dos investidores, e há crescentes temores de que o país não consiga pagar suas dívidas. Isso deixou os bancos europeus relutantes em emprestar uns aos outros, criando o risco de problemas de crédito de curto prazo para os bancos mais expostos.

Após o anúncio dos bancos centrais, a cotação do euro subiu mais de 1% ante o dólar. O preço do petróleo também subiu, com a expectativa de um aumento da demanda com o crescimento econômico global.

A cotação do ouro, que vinha registrando grandes altas com a procura dos investidores pela proteção contra os riscos nos mercados financeiros, caiu.

As principais bolsas de valores asiáticas fecharam com fortes altas. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 2,25%. A de Hong Kong registrou elevação de 1,43% e a de Seul, de 3,7%.

Na Europa, a Bolsa de Frankfurt abriu em alta de 1%. A de Londres subiu 0,5% e a de Paris, 0,2% na abertura.

Nas últimas semanas, vêm aumentando os temores de que uma nova crise de crédito global prejudique empresas e consumidores.