Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A contribuição da pesca para a economia do Brasil, visando à geração de empregos, e para a redução do déficit do item pescado na balança comercial foi o tema de reunião ocorrida hoje (5), no Rio de Janeiro, entre o ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Segundo Luiz Sérgio, ficou acertado que o BNDES fará uma rodada de reuniões com empresários ligados ao agronegócio, focada no potencial do pescado. E, ainda, a área social do banco vai desenvolver, em parceria com o Ministério da Pesca, uma série de ações voltadas para a aquicultura de subsistência, englobando, em especial, o treinamento de mão de obra.
O objetivo das ações, destacou o ministro, é “qualificar a atividade para agregar valor ao que eles [pescadores] já estão produzindo e discutir como inserir esses produtos em uma cadeia mais ampla, principalmente de distribuição e comercialização do pescado”.
De acordo com o ministro, está claro para o BNDES que o desenvolvimento do setor é uma “janela de oportunidades que nós temos no Brasil e precisamos desenvolver”. O ministro acredita que, com a parceria do banco de desenvolvimento, esse salto poderá ser dado. “E nós vamos colocar o item pescado como item tão representativo na economia brasileira, como é hoje a atividade do frango, da pecuária, da agricultura”.
Luiz Sérgio informou que, dependendo do resultado das reuniões, o BNDES poderá estudar a possibilidade de abrir uma linha de crédito específica para financiar a atividade da pesca no país. “Existe essa predisposição”.
Procurada pela Agência Brasil, a direção do BNDES confirmou ter sido ratificado, durante o encontro, um convênio de cooperação técnica com o Ministério da Pesca, que havia sido assinado pela ex-titular da pasta, Ideli Salvatti.
Foi discutido ainda o apoio do banco a estudos que vêm sendo desenvolvidos pelo ministério para estabelecimento de uma política nacional de pesca e aquicultura. A posição manifestada pelo BNDES é apoiar, no futuro, a parte operacional dessa política.
Edição: Lana Cristina