Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As temperaturas elevadas e a falta de chuva colocaram 11 unidades federativas em alerta, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por causa da baixa umidade relativa do ar. Pelos padrões internacionais, o alerta é emitido quando a umidade é inferior a 30%. As regiões consideradas em estado mais grave são Mato Grosso, Minas Gerais, o Tocantins, Goiás, o Distrito Federal e parte de São Paulo. A estimativa, nesses locais, a umidade fique em menos de 20%.
Em Mato Grosso, o governo divulgou informações para que as pessoas evitem atividades ao ar livre, no período das 11h às 15h, quando o sol está mais intenso. Também recomendou o consumo de água e o esforço para manter os ambientes com umidade. Minas Gerais também emitiu um alerta sobre a baixa umidade relativa do ar e adverte sobre a necessidade de redobrar os cuidados para evitar desidratação.
A Defesa Civil do Tocantins recomenda que as pessoas umedeçam com frequência a mucosa do nariz, mantenha toalhas molhadas e reservatórios com água nos ambientes, assim como evitem o acúmulo de poeira em casa.
Sem chuva há 67 dias, o Distrito Federal registrou ontem (15) umidade relativa do ar de 10%, mas a previsão é que hoje o índice aumente para algo em torno de 20%. Por precaução, o governo local emitiu orientações para a população, que incluem fazer refeições leves e evitar exposições ao sol. De forma semelhante, há determinações dos governos de São Paulo, de Goiás e de Mato Grosso do Sul.
Pelas análises do Inmet, as temperaturas mais elevadas do dia devem ser registradas em Cuiabá, 39 graus Celsius (ºC). Em Palmas, os termômetros devem chegar a 37ºC. Também há previsão de baixa umidade relativa do ar no sul do Pará e do Maranhão, na região central do Piauí, e no centro e no oeste da Bahia.
As temperaturas elevadas e a baixa umidade provocam ainda queimadas constantes em várias regiões do país. Apenas ontem, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 237 focos de queimadas em todo o país. A maioria está concentrada nas regiões Norte e Centro-Oeste. Na maior parte dessas regiões, o risco de queimadas é considerado alto ou crítico.
Edição: Juliana Andrade