Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Mais de 1.500 funcionários do Colégio Pedro II aderiram hoje (15) à greve da rede federal de educação básica e tecnológica que começou no último dia 1º de agosto. A instituição, que integra a rede federal de ensino, mantém 13 unidades espalhadas no município do Rio de Janeiro, uma em Niterói, na região metropolitana, e outra em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Com a adesão à greve, que reúne também funcionários do Instituto Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Nacional de Educação de Surdos, quase 10 mil alunos do Pedro II ficarão sem aulas por tempo indeterminado.
De acordo com o coordenador do Sindicato de Servidores do Colégio Pedro II, Selmo Nascimento da Silva, professores e técnicos administrativos estão negociando, desde fevereiro, o reajuste salarial de 14,67% e a reestruturação das carreiras.
“O mais importante é que somos contrários ao corte de verbas imposto pelo governo federal. A presidenta Dilma [Rousseff] cortou R$ 3 bilhões da educação no início do ano. Também exigimos concursos público já”, disse Selmo Nascimento, acrescentando ainda que o movimento quer que 10% do PIB [Produto Interno Bruto] sejam destinados à educação.
“Infelizmente até o momento o governo não acenou nada para nós. Começamos nossas mobilizações desde o mês de fevereiro. Realizamos e participamos de várias marchas. Já participamos de cerca de dez mesas de negociações com o governo, em reuniões com os ministérios do Planejamento e da Educação, e até agora o governo não oficializou nenhuma contraproposta à nossa pauta de reivindicações”, declarou.
O Ministério da Educação foi procurado pela Agência Brasil, mas até a publicação da matéria não se manifestou sobre o assunto.
Edição: Aécio Amado