Polícia Federal aprende R$ 610 mil em dinheiro no Ibrasi

09/08/2011 - 17h27

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 610 mil em espécie na sede do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), em São Paulo. Hoje (9), pela manhã, a PF deflagrou a Operação Voucher, que investiga o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo, por meio de emendas parlamentares.

De acordo com o delegado Paulo de Tarso Teixeira, a investigação começou em abril, depois de um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) encontrar irregularidades no contrato firmado entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi. “O dinheiro era repassado ao Ibrasi. Havia fraude de licitações e a participação de várias empresas, algumas fictícias [que integram o esquema criminoso]”.

O convênio, no valor de R$ 4,4 milhões foi assinado em dezembro de 2009 e tem vigência até o dia 24 de setembro de 2011. Teixeira estima que dois terços dos recursos foram desviados pela quadrilha.

A operação contou com a participação de 200 policiais federais. Foram expedidos 38 pedidos de prisão, sendo 19 preventivas e 19 temporárias, e sete pedidos de busca e apreensão no Amapá, em São Paulo e no Distrito Federal.

Segundo Teixeira, até o momento, 33 pessoas foram presas, seis são funcionários públicos. Eles estão sendo investigados por fraude à licitação, estelionato qualificado, falsidade, peculato e formação de quadrilha.

As 19 pessoas presas preventivamente pela Polícia Federal serão levadas para a Superintendência da Polícia Federal de Macapá, onde serão interrogadas. Entre elas estão o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins e o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moyses.

“A investigação está tramitando em segredo de Justiça. A operação foi voltada para reprimir o desvio de verbas públicas e a prática de corrupção. É um trabalho feito em conjunto com o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União”, disse o delegado.
 

 

Edição: Rivadavia Severo